Economia

Poupança tem financiamento recorde de R$ 37,2 mil milhões em maio

No meio da crise económica causada pela pandemia do novo coronavírus, as famílias brasileiras fizeram mais depósitos do que levantamentos na conta poupança no mês passado. Os dados do Banco Central mostram que, em maio, os depósitos líquidos totalizaram R$ 37.201 bilhões. Este é o maior volume de depósitos líquidos num único mês em toda a série histórica a.C., que começou em janeiro de 1995.

O mês de maio foi também o terceiro mês consecutivo em que foram registados depósitos líquidos. Em março, quando a pandemia do novo coronavírus provocou a intensificação do isolamento social, refletindo sobre a atividade económica, as famílias já tinham depositado R$ 12,169 mil milhões líquidos em poupanças. Em abril, eram R$ 30.459 biliões.

Esta corrida para o folheto é justificada pela atitude das famílias em relação à crise e pelas ações do governo para manter o rendimento da população.

No mês passado, o Banco Central já tinha referido, através de documentos oficiais, que existe o risco de a pandemia aumentar as “poupanças preventivas” no Brasil. Ou seja, o BC vê o risco de as famílias, com medo do desemprego e da redução dos rendimentos, aumentarem os depósitos em pedidos como a conta poupança, para formar um “colchão” em caso de emergência. Isto é visto com ressalvas, porque mais dinheiro em poupança significa menos consumo — e ainda mais dificuldades para as empresas brasileiras. (Fabrício de Castro – Estadão Conteúdo)

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