Uma disputa entre duas marcas de smartphones, a chinesa Xiaomi e o iPhone americano da Apple, tornou-se também um dilema para a escolha do consumidor. Apesar de não constarem da lista de telefones baratos encontrados no retalho, os especialistas indicam que a luta entre os dois num futuro próximo será tanto em termos de preço como do que oferecem aos utilizadores.
A Apple e a Xiaomi lançaram recentemente novos aparelhos, aumentando a competitividade e comparações entre as duas empresas. O iPhone 11, por exemplo, ainda nem aqueceu nas prateleiras, enquanto o concorrente chinês está a preparar lançamentos para o primeiro semestre de 2020.
Uma das diferenças mais importantes entre os dois está na câmara – e neste o telefone chinês está à frente. O Mi 9 da Xiaomi, por exemplo, tem um estilo que mistura referências do iPhone X e Galaxy S9 da Samsung com o formato traseiro. A câmara frontal, estilizada em forma de gota, ocupa pouco espaço. A gama é de 48 pixels.
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A câmara do iPhone 11Pro, por sua vez, apresenta um acabamento traseiro de borda mate com curvas menos afiadas. Na parte frontal, a lente mantém o tamanho de anos anteriores, ocupando uma boa parte do topo do ecrã para um bom número de sensores. A câmara do iPhone tem 12 megapíxeis – um número muito menor do que o Mi 9.
Mas se a câmara deixar o produto chinês em vantagem, apenas o iPhone oferece resistência à água. O iPhone X, antes do iPhone 11, por exemplo, pode ficar até 30 minutos submerso, e também ser resistente a potentes jatos de água. O Xiaomi Mi 8, o seu concorrente direto, não está dentro da norma IP67, que estabelece o nível de proteção dos telemóveis contra a água e o pó.
Uma vantagem da Xiaomi é a possibilidade de usar chips duplos, algo que não é permitido nos dispositivos da Apple porque não é tão comum nos Estados Unidos. Noutros países, como o Brasil, é interessante utilizar esta opção, uma vez que os preços e promoções dos operadores móveis variam muito.
Embora dispendiosas e por vezes repetitivas, as constantes atualizações da Apple tornam o iPhone mais seguro do que os seus concorrentes. Vários utilizadores relatam que um dos maiores problemas do Android em relação ao iOS – sistema utilizado pela Apple – é a falta de suporte que muitos dispositivos têm cada vez que uma nova versão do Android é lançada.
Perante tudo isto, o consumidor pergunta-se: e o preço? O iPhone 11 Pro Max da Apple, lançado há algumas semanas no Brasil, custa R$ 7.599,00, na versão de 64 GB. A versão com 512 GB foi disponibilizada pelo site da Apple no valor de R$ 9.555,00. Por sua vez, o Mi 9, o mais recente lançamento da Xiaomi, custa R$ 1999,00.